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Viva Ciência 2025 aproxima estudantes do 6º ano da pesquisa acadêmica; CEPID CancerThera participou do evento

Por dois dias e meio, a ciência se mostrou vívida, interativa e divertida em Campinas (SP), durante a segunda edição do Viva Ciência, iniciativa do Museu Exploratório de Ciências (MEC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME). O evento, que aconteceu entre os dias 23 e 25 de setembro, promoveu para cerca de 2 mil estudantes do 6º ano do ensino fundamental uma jornada lúdica de descobertas, transformando um espaço público destinado a eventos – o Centro de Convenções da SME – em um grande museu itinerante.

Segundo o Dr. Guilherme Stecca Marcom, físico, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp e diretor do MEC/Unicamp, a proposta foi “engajar as crianças dentro do universo da ciência, fazer com que a ciência faça parte do cotidiano delas de uma maneira mais lúdica, de uma maneira que extrapola o espaço da sala de aula”. Para ele, na edição deste ano, a ampliação do tempo do evento e a diversidade de parceiros da Unicamp garantiram uma experiência mais rica tanto para os alunos quanto para os mediadores.

Entre esses parceiros, esteve o CEPID CancerThera, que apresentou um circuito de visitas dividido em quatro estações. As crianças aprenderam o que é o câncer, exploraram exemplos de radiação no cotidiano, conheceram como os cientistas produzem e testam radiofármacos para uso em procedimentos diagnósticos e terapêuticos e, por fim, participaram de uma brincadeira interativa que simulava uma “pescaria”. Na atividade, em uma piscina inflável contendo macarrões de espuma e bolinhas de plástico, com varas de madeira e ímãs, os estudantes montaram estruturas simulando a conexão entre radioisótopos, ligantes e moléculas carreadoras, tudo em um clima divertido de superação.

CancerThera no Viva Ciência 2025
Clique no álbum para visualizar melhor e baixar as fotografias do evento – ou através deste link.

Experiência gratificante

A avaliação geral reforça a relevância da iniciativa. Mais do que oficinas interativas, o Viva Ciência mostrou-se uma oportunidade de integração entre pesquisa, escola e comunidade. Para os jovens visitantes, foi um convite para olhar a ciência de perto; para os pesquisadores, uma chance de comunicar seu trabalho com simplicidade e encantamento, uma experiência enriquecedora ao mediarem o conhecimento científico com os alunos do ensino fundamental.

Gilberto Carlos Franchi Júnior, farmacêutico e pesquisador associado ao CancerThera, salientou a satisfação em dialogar com os jovens. “Eu consegui comunicar a eles o que eu faço no meu dia a dia. Foi muito gratificante ver o olho brilhando, eles continuando na estação, querendo saber como é que liga um elemento radioativo a uma molécula química. Enfim, foi muito divertido e muito gratificante pra mim”, diz.

Maria Paula Dias Carneiro Miguel, química, mestranda no Instituto de Química da Unicamp e mediadora voluntária na atividade do CancerThera, ressaltou a importância do contato direto com o público: “Eu achei que a gente conseguiu fazer uma apresentação bem lúdica, eles se envolveram bastante com os sons, com as texturas. Eles gostaram muito de montar os fármacos. É sempre uma experiência gratificante sair um pouco do laboratório e mostrar para a sociedade o que a gente está fazendo”.

Já para a Dra. Adrhyann Jullyanne de Sousa Portilho, bióloga e pesquisadora de pós-doutorado no CancerThera, o envolvimento na atividade teve impacto pessoal e profissional. “Participar do Viva Ciência vai marcar a minha carreira como pesquisadora. Explicar de uma forma básica informações técnicas para crianças do nível do sexto ano, ver a expressão delas entendendo de que forma é feito um radiofármaco e como ele pode ser utilizado no diagnóstico e tratamento de neoplasia… foi tudo muito gratificante”, afirma.

O balanço do evento também foi positivo para os organizadores. A Ma. Mariana Martins Volpato, pedagoga e assessora da área de Planejamento Estratégico Institucional Participativo na SME/Campinas, reforçou que a parceria fortalece tanto a universidade quanto a escola pública: “Penso que todo mundo teve o papel de plantar uma sementinha na vida dos nossos alunos e alunas, que saem motivados, mobilizados, curiosos com o mundo da ciência. Então, é um grande legado que a gente deixa para eles”.


Texto e fotosRomulo Santana Osthues 

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