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Delegação chinesa é recebida por pesquisadores do CEPID CancerThera para dialogar sobre cooperação científica no tratamento em câncer

Pesquisadores brasileiros e chineses se reuniram, em 23 de setembro, no Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para discutirem possíveis colaborações quanto ao desenvolvimento de tratamentos inovadores para pacientes com câncer. O encontro foi organizado pelo CEPID CancerThera, que ciceroneou a delegação mista de médicos, pesquisadores e empresários chineses interessados em fomentar oportunidades de cooperação científica entre os dois países.

A visita faz parte de uma iniciativa para expandir o acesso a novas abordagens médicas no câncer, como o modelo Teranóstico, em franco desenvolvimento no CancerThera, e o tratamento com células CAR-T (Receptor Quimérico de Antígeno, em tradução livre do inglês), que foi o foco das palestras oferecidas pelos pesquisadores chineses. A terapia do tipo CAR-T utiliza células de defesa do organismo do próprio paciente oncológico para tratar o câncer hematológico, com vantagens como a diminuição das sessões de quimioterapia.

A delegação chinesa acompanhou apresentações detalhadas sobre as pesquisas no modelo Teranóstico, desenvolvidas pelo CancerThera, e em células CAR-T, pelo Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), em Ribeirão Preto (SP). Por seu turno, eles próprios apresentaram pesquisas em desenvolvimento e as instalações de centros médicos de excelência na China. Os representantes chineses demonstraram grande interesse em entender como o Brasil está evoluindo nesse setor, em especial no tratamento de cânceres hematológicos.

Visita da delegação chinesa - Teranóstico e Terapia com CAR-T
Clique no álbum para acessar as legendas e baixar as fotografias. Você também pode visualizar tudo neste link.


Abrindo portas para colaborações

“O maior interesse da visita deles foi saber como nós estávamos inseridos no contexto do CAR-T, até porque metade da delegação era composta por hematologistas”, comentou o Dr. Carmino Antonio de Souza, médico onco-hematologista, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e pesquisador responsável pelo CEPID CancerThera.  

Durante a visita, além de participarem das apresentações e dos diálogos que ocorreram em uma sala multimídia do Hemocentro/Unicamp, a delegação circulou pela unidade de coleta de linfócitos, necessária para o desenvolvimento das terapias com células CAR-T. Os visitantes também tiveram a oportunidade de conhecer o Serviço de Medicina Nuclear do Hospital de Clínicas da Unicamp. No mesmo prédio, puderam ver o tipo de acomodação oferecida para os internados após transplante de medula óssea, com instalações bem estruturadas.

A visita abriu novas portas para colaborações, tendo os pesquisadores chineses destacado a importância de parcerias no futuro nos setores de biotecnologia, hospitalar ou entre institutos de pesquisa. “Nós realmente valorizamos a relação com o Brasil, temos uma longa história de colaboração em várias áreas. Agora, estamos tentando trazer produtos para cá, trazer essa nova terapia [CAR-T] para que mais pacientes possam ter acesso. Esse é o nosso propósito”, afirmou Yongke Zhang, diretor científico na empresa IASO BioTherapeutics. Ele ainda demonstrou otimismo quanto à possibilidade de colaborar com o CancerThera: “Acho que há ótimas oportunidades para nós”.

A delegação chinesa era composta por:

  • Claudia Wu, vice-presidente do grupo Xamano.
    Hao Mu, pesquisadora do Centro de Linfoma e Mieloma do Hospital do Instituto de Hematologia e Doenças do Sangue,  vice-líder do Grupo de Mieloma e Doenças de Células Plasmáticas do Comitê de Oncologia Hematológica da Associação Chinesa de Combate ao Câncer.
  • Jin Jie, diretora do Departamento de Hematologia do Hospital da Escola de Medicina da Universidade de Zheijang e do Laboratório Chave Provincial para Oncologia Hematológica (diagnóstico e tratamento).
  • Qiu Lugui, professor associado vitalício na Peking Union Medical College, diretor do Centro de Diagnóstico e Tratamento de Linfoma no Instituto de Hematologia da Academia Chinesa de Ciências Médicas, pesquisador principal no Laboratório Chave Nacional de Hematologia Experimental e diretor médico do Banco de Células-Tronco Hematopoéticas de Sangue de Cordão Umbilical de Tianjin.
  • Wang Wei, presidente do grupo Xamano.
  • Yongke Zhang, diretor científico da IASO BioTherapeutics.

Da esquerda para a direita: no primeiro plano, Claudia Wu (Grupo Xamano), Camen S. P. Lima (CancerThera), Jin Jie (Universidade de Zheijang) e Hao Mu (Hospital do Instituto de Hematologia e Doenças do Sangue); no plano médio, Qiu Lugui (Faculdade de Medicina Peking Union), Wang Wei (Grupo Xamano), Francisco Pessine (Instituto de Química/Unicamp); no terceiro plano, Carmino A. de Souza (CancerThera), Celso D. Ramos (CancerThera), Yongke Zhang (IASO BioTherapeutics), Li Li Min (Faculdade de Ciências Médicas/Unicamp), Maria Carolina S. Mendes (CancerThera), Bruno D. Benites (Hemocentro/Unicamp) e Elvira Correa (CancerThera).


Texto e fotos: Romulo Santana Osthues

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